Avelaneiras do Avelino.

Segundo comunicado da esquadra da PSP do Marco de Canavezes (a funcionar com serviços mínimos) registou-se mais uma tentativa de suicídio de alguém próximo de Avelino Ferreira Torres. Embora o curto texto não o mencione, corre oficiosamente que se trata de um indivíduo conhecido como "O Areias" que, aproveitando o estranho epíteto, montou uma empresa de aluguer de camelos. Ao que parece o facto teve origem em agressões e ameaças perpetradas por Avelino na sequência de dívidas daquele ao agredido, uma vez que o candidato derrotado tinha por hábito alugar camelos e usar-se deles como lhe aprazia. Segundo fontes anónimas, o negócio estava a correr mal para ambos e por este motivo Avelino começou a apostar nos helicópteros que lhe trouxeram ainda maiores dificuldades, dado o aumento do fuel. É neste contexto que “Areias” descobre que os terrenos que Avelino lhe dera como pagamento por serviços em dívida estavam pejados de hipotecas, registos triplos e quádruplos e ainda impostos por pagar.
Perante tentativas de resolver o imbróglio, “Areias” terá ameaçado mover um processo o que levou Avelino a toda a sorte de actos destemperados e violentos em estádios de futebol, desfalques, peculato, uso indivíduo de recursos da Câmara Municipal e até desmentidos repetidos. Segundo o comunicado, “Areias" terá ficado particularmente indignado por Avelino ter usado na sua campanha eleitoral a cantiga de amigo "Ai flores do Avelino, que pera mim um amigo, vai meu amor aquestas avelaneiras apoiar o Avelino". Nas próximas semanas o inquérito policial continuará a averiguar se esta cantiga é de facto original ou retirada de uns velhos rolos que se encontravam na Torre do Tombo e que testemunhas viram serem levados para Amarante. Enquanto isso um outro ex-suicida e “Areias” continuam exultantes pela fraca prestação de Avelino face aos jornalistas portugueses. Parece que a próxima estratégia da defesa de Avelino passa pelo registo de mais de 9.000 cantigas de Amigo do século XIII e XIV que ainda estão por publicar e que permitiriam ao autarca cumprir e comprar todas as suas promessas até 2010.