13 março, 2006

A MINHA PRIMEIRA CONVERSA COM O PRESIDENTE BUSH

Foi numa memorável tarde de Agosto de 2003 que eu, Sarja Akhmani, repórter do Crescei e Multiplicai-vos, do Explesso, do Niu Iolque Taimes, da Borla, do Riviu ov Buques do Sri Lanka, e de uma certa rapariga morena do Kuwait, conheci o vasto presidente Bush. Chovia com entusiasmo nos jardins da Casa Branca, embora o céu privatizado da residência presidencial estivesse muito limpo, muito branco, muito azul e muito mais pacífico que o actual pós-Irlaque. O tiquetaque de um velho relógio inglês marcava compassadamente as horas como um burro a comer palha na boca do Avelino Ferreira Torres. Estávamos ambos remotissimamente infelizes por um bombista-suicida dar cabo de trinta crianças no Irlaque




--"Futuras cabidelas do terrorismo internacional!"--Como muito bem me elucidou o meu amigo Bush.--"Sabe que mais?" Aquelas crianças têm um problema: não acreditam que são uma equação de Cucu-cucu-linária! Além do mais, estou convencido do seguinte: ou todas as crianças islâmicas são terroristas ou só algumas crianças islâmicas são terroristas. Se todas as crianças islâmicas são terroristas, Mendes Abdullah é de certeza terrorista. Se, pelo contrário, nem todas as crianças islâmicas são terroristas, então existe pelo menos uma não terrorista, a quem podemos chamar de Cerelac Abib.
Portanto, se Cerelac Abib não é terrorista, todas as crianças islâmicas se chamam Mendes Abdullah e são terroristas". Concordei imediatamente. Tenho o estratégico hábito de dizer logo que sim, para poder conhecer melhor a pessoa que tenho à minha frente. Às vezes lixo-me, mas adiante:--"Sim!"--Assenti.--"Incrivelmente apetecíveis, os putos Mendes Abdullah. Uns sushis inconscientes, uns dominguinhos de merda, umas gizelas do meio, uns ratinhos caquéticos e abracadabrantes, uns prodigiosos infinitesimais infinitamente fonéticos, umas entidades de rosmaninho naturalmente merecedores do extermínio na panela." Ele pareceu não entender, e então traduzi para inglês:" little sundays of shit"--those kids are little sundays of shit". Ele assentiu com um piedoso sorriso sem ruído, sem armas, sem emoção, sem dentes, inequivocamente sem nada dentro. Sim, os ditos putos poderiam ser "little sundays of shit", embora o Domingo fosse um dia sagrado. "Além disso"--Acrescentou ele--"É pena que sendo o Irlaque um país europeu...Veja lá que eles até votaram contra a Constituição Europeia, um baluarte dos interesses económicos dos Estados Unidos na Europa. Sacanas! Don´t you agree? Inútil dizer que me apressei a agreer logo, pois lembrei-me acto contínuo que o presidente do Irlaque,



o Jacques Chilrac, se mostrara decepcionadíssimo com os resultados do referendo. Foi então que esmurrei a mesa com a cabeça, e berrei completamente fora de mim:--"Ingratos é o que eles são, os putos Mendes Abdullah irlaquianos! Uns pulhas! Lamentavelmente já se esqueceram do desembarque na Normandia, do resgate do soldado Ryan, e de todo o esforço criativo do Spielberg para filmar aquela maravilhosa cena..." (TO BE CONTINUED)
Com o contributo disfuncional de Luís Santos

3 Comments:

Blogger APAHE said...

Obrigado por nos visitar. Volte sempre

segunda-feira, março 13, 2006 11:06:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sr. Sarja veja lá se faz mais entrevistas ao Sr. George Embuste! Pelo menos edite de novo as conversas pretéritas!

quarta-feira, março 15, 2006 1:13:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro amigo que.

Dado o novo contexto em que é preciso que pois tudo indica que. Além do mais há mais coisas entre o céu e a terra do que. Mais claro que isto não consigo ser...A não
ser que...

Sarja

quarta-feira, março 15, 2006 1:43:00 da tarde  

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