08 fevereiro, 2006

Mau tempo no canil.

Ontem quase morri de frio. Nevou no meu canil e tive que fugir para a Grécia (poderia ter ido para Espanha ou para a Polónia). Eu trabalhava aí para um gabinete em Sete Rios que um senhor poderoso com nome de fisólofo grego estabelecera no maior secretismo, mas de repente tudo se esfumou a tal ponto que pensei cá com os meus botonzes de cão – não queres cá ver que o grego Parménides estava errado: afinal o ser pode não ser.
Como estou desempregado passei a alimentar-me com comida de má qualidade dos supermercados “Imbictus”, e a fazer chichi de modos impróprios, o que me rendia no circo Portugal cinco guinéus bissaus e dois brazis grilhados. Nos momentos mais difíceis canto uma música de operário que me reconforta: “sempre que brilha o sol naquela OPA, sinto a especulação vibrar dentro de mim!”. Meus amigos, assim como gosto de Marco Pólo Li Lon, também aprecio uma OPA com OTA a cavalo… pena que tenhamos que fazer dieta e não possamos usufruir destes destraimentos (é assim que se escreve, não é?).